10 fatos sobre Carrapatos que ajudam a conhecer e prevenir-se dessas pragas

Carrapatos são o maior motivo de apreensão com a saúde de animais, têm o segundo maior potencial de doenças e podem causar muita dor e sofrimento aos nossos pets. Veja como lidar com essas pragas!

Gato preto com a boca aberta

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Legenda da imagem > fatos e curiosidades dos carrapatos

Quem tem animais de estimação, sabe o terror que causa a simples menção da palavra Carrapato. Certamente, se você tem um cãozinho ou gatinho, deve ter olhado para ele agora com preocupação.

A tensão faz todo o sentido; essa praga é o grande vetor de patógenos para graves doenças que causam sofrimento e podem ser letais para os cães e gatos – e também podem acometer ratos de estimação.

Para animais mantidos em ambientes internos – e com todas as medidas de prevenção, incluindo a medicação específica – a tarefa de mantê-los longe desse perigo é mais simples. 

Porém, o risco não está totalmente descartado, é preciso ter vigilância constante e com cães que precisam se espaço livre ou de caminhadas para se exercitarem, o risco de contaminação aumenta bastante.

Engana-se quem acha que atacar carrapatos preserva apenas a saúde de gatos e cachorros. Zoonoses sérias – doenças transmitidas dos pets para humanos – podem colocar a vida dos seres humanos em risco.

Se uma infestação não for atacada a tempo, pode se tornar um problema de grandes proporções, colocando animais e pessoas em grande risco.

Por causa disso, vamos falar de 12 fatos sobre carrapatos que ajudam a conhecer e prevenir-se dessa praga!

Nesse artigo sobre carrapatos, você verá:

01 – Algumas informações (e curiosidades) sobre os carrapatos

02 – Como é o ciclo de evolução dos carrapatos?

03 – Qual o habitat dos carrapatos?

04 – As mudanças de hábitos de pessoas e pets favorecem os carrapatos

05 – Do que os carrapatos se alimentam?

06 – Quais as principais espécies de carrapatos no Brasil?

07 – Quais doenças são transmitidas pelos carrapatos?

08 – O que fazer para resolver uma picada de carrapato?

09 – Como evitar e combater a infestação de carrapatos?10 – E se nada der certo para combater os carrapatos na nossa casa?

01 – Algumas informações (e curiosidades) sobre os carrapatos

Essa praga urbana e rural é um caso extremo de saúde pública, atacando animais e ameaçando a saúde e a vida de pessoas e, por isso, precisa ser bem conhecida para tomar as providências corretas e imediatas.

Ao contrário das Pulgas (link para artigo 187 124), não voam e nem saltam – precisam de contato eventual com os animais para se tornarem parasitas deles e vivem durante toda a existência entre dois ambientes: o parasitário para alimentarem-se e o de desenvolvimento;

Podem ficar semanas e até meses (conforme a espécie) hibernando e sem se alimentar, pois possuem uma resistência muito grande. Essa habilidade é fundamental para que possam suportar longos períodos na falta de hospedeiros.

Sempre procuram climas mais frescos, por isso são mais visíveis ao amanhecer e ao entardecer – e estão prontos para atacar nossos filhotes!

02 – Como é o ciclo de evolução dos carrapatos?

Cada fêmea consegue depositar cerca de três mil ovos no local escolhido como esconderijo (ou ninho), onde ficarão até eclodirem. É um número impressionante e que mostra a dimensão do problema.

O ciclo de vida da espécie se divide em quatro fases: ovo, larva, ninfa e adulto. É importante ressaltar que os indivíduos nunca trocam de fase no hospedeiro, onde eles vão apenas para se alimentar e procriar. E nem sempre é o mesmo animal atacado.

O cruzamento sempre ocorre na pele do animal hospedeiro, para depois a fêmea cair dele e ir para o ninho fazer a postura dos ovos e cuidar deles.

Enquanto estão no ambiente, as larvas podem se adaptar a várias estruturas como tapetes, sofás e poltronas e após um tempo, se envolvem em um casulo e passam para a fase de pupas.

Quando chegam à fase jovem (ninfa), buscarão hospedeiros para começar a se alimentar e procriar. Como podemos perceber, o grande desafio de combate está no ambiente, onde se encontra grande parte da população que ataca os animais (larvas, pupas e ninfas).

Uma imagem contendo animal, mamífero aquático, mamífero, ao ar livre

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Legenda da imagem > conheça os fatos e curiosidades sobre os carrapatos

03 – Qual o habitat dos carrapatos?

Os carrapatos se estabelecem em duas diferentes moradas ao longo da vida: animais, de onde vão tirar o sangue que precisam para viver, e o local onde eles podem colocar os seus ovos em segurança.

Passam a vida transitando entre os dois ambientes: o hospedeiro para se alimentarem e procriarem e o esconderijo para pôr os ovos cuidar até que eclodem e se desenvolvem conforme as fases que destacamos anteriormente. 

Quando estão em seus hospedeiros, eles andam pelo corpo deles para encontrar lugares seguros – a cabeça e o pescoço são os preferidos, pois o animal não conseguirá arrancar.

Para colocar seus ovos e se desenvolver, a maioria das espécies usa gramados, árvores e arbustos. Porém, o carrapato marrom, por ser uma espécie urbana, faz esconderijos em lugares escuros, como batentes de porta, estrados de camas, frestas e rodapés.

Os hospedeiros mais comuns, nas áreas urbanas, são os cães, gatos e também os Ratos, tanto os domésticos quanto os de esgoto, que também são pragas.  Nas áreas rurais, matadouros e estábulos, podem atacar rebanhos de diferentes espécies.

04 – Às mudanças de hábitos de pessoas e pets favorecem os carrapatos

Por muitos séculos, os carrapatos eram uma praga exclusivamente rural, vivendo em matas, florestas e áreas de grande vegetação.

Com a maior proximidade na relação entre os seres humanos e os cães, essa realidade mudou bastante. Os animais estão mais expostos a situações de risco potencial quando viajam, entram em contato com áreas verdes, frequentam pet shops e pet hostels.

O aumento descontrolado da população de cães aumenta o número nas ruas, onde podem espalhar a praga. Canis com condições ruins de higiene podem ser verdadeiros criadouros da praga!

05 – Do que os carrapatos se alimentam?

Basicamente sangue dos animais hospedeiros – e não há registros de outro tipo de alimento. Eles atacam a vítima, se alimentam e em seguida caem do corpo dela para ir para o ninho se proteger e se desenvolver.

A espécie possui um aparelho sugador que é introduzido na pele e pode ficar horas sugando o sangue da vítima! Porém, as fêmeas que se alimentam constantemente, para os machos é raro, pois não necessitam tanto.

06 – Quais as principais espécies de carrapatos no Brasil?

Existem em torno de oitocentas espécies em todo o mundo. Podemos destacar duas que estão presentes em todo o país e merecem muita atenção.

Carrapato Estrela

É também chamado de carrapato de cavalo, micuim ou carrapato fogo e é normalmente encontrado nas áreas rurais e parasitas não só em cavalos mas também em bovinos, caprinos, capivaras e cachorros.

É extremamente perigoso porque transmitem a Febre Maculosa – da qual falaremos mais adiante – e a Babesiose Equina. Ele aguarda o hospedeiro vivendo em plantas.

O ataque para se alimentar é mais comum nos indivíduos nas fases de pupa a ninfa, quando a picada é menos dolorosa e podem ficar mais tempo sugando o sangue da vítima.

Carrapato Marrom

É o carrapato presente nas cidades e bastante conhecido porque ataca os cachorros domésticos e, de forma mais rara, os gatos. 

É uma espécie que evoluiu para a urbanização, se adaptando ao estilo de vida dos animais domésticos e das pessoas. Tanto que os locais escolhidos para ninho são frestas de paredes, rodapés, topos de muros e espaços em locais abandonados.

Ao contrário da grande maioria das espécies, o carrapato do cão (como também é chamado) vive confortavelmente dentro das casas, se alojando em estofados, camas, sofás e tapetes durante os períodos em que não precisam parasitar para se alimentar.

Uma imagem contendo animal, invertebrado

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Legenda da imagem > Lista com 10 curiosidades dos carrapatos

07 – Quais doenças são transmitidas pelos carrapatos?

Os carrapatos são vetores mecânicos de uma série de patógenos. Vamos falar das principais doenças que podem acometer humanos e outros animais no Brasil.

Febre Maculosa

Sem dúvidas é a mais perigosa das doenças transmitidas pelo carrapato estrela, transmitida pela bactéria rickettsia rickettsii e pode atingir humanos e animais. 

No homem, causa febre alta, manchas na pele, náuseas, vômitos, dores musculares, erupções na pele por todo o corpo, dores articulares e abdominais e diarreia. Assim que surgir as suspeitas da doença, pelos sintomas apresentados, é preciso procurar urgentemente um médico.

Uma progressão da doença pode levar a danos graves aos pulmões, rins, sistema nervoso central e até mesmo à morte.

É extremamente importante ter atenção com atividades onde as pessoas podem ter contato com o carrapato e contrair a doença, com capinar terrenos sem conhecê-los, como aconteceu em um surto da doença em 2019.

Erliquiose Canina

É causada pela bactéria ehrlichia canis # através do carrapato marrom em cães. Ela atinge a circulação sanguínea e destrói os glóbulos brancos, o que dificulta o diagnóstico. Seus sintomas principais são: febre, perda de peso, manchas hemorrágicas na pele e fraqueza muscular.

Na forma avançada, provoca vômitos e sangramentos nasais. É preciso muita atenção, pois os sintomas podem desaparecer e reaparecer com mais intensidade, debilitando o animal continuamente e pode levar à morte.

Procure um veterinário imediatamente.

Babesiose Canina

Outra doença que pode ter a mesma forma de transmissão da erliquiose canina e como mesmo agente, o carrapato do cão e efeitos igualmente graves. Nesse caso, o protozoário babesia canis ataca os glóbulos vermelhos, provocando uma anemia profunda.

Se não for tratada a tempo, pode ser fatal para o seu animal de estimação!

08 – Como tratar uma picada de carrapato?

Uma primeira dica é importante é nunca tentar retirá-lo de forma violenta, com tapas ou tentando arrancar da pele com as mãos.

Nesse caso, a praga vai reagir cravando o aparelho sugador mais profundamente, causando um sofrimento ainda maior à vítima e aumentando os riscos. O ideal é não retirar e levar o animal rapidamente a um veterinário. 

Em caso de retirada de casa, ela deve ser articulada e calma e os procedimentos também se aplicam a humanos – especial cuidado com crianças que podem estressar a praga com a agitação natural delas.

  1. Com uma pinça, segure o carrapato o mais perto possível da pele do hospedeiro;
  2. Com um movimento firme e reto, puxe para que ele se solte da pele;
  3. Caso a cabeça do carrapato fique na pele, não se preocupe, ela não é a parte mais perigosa e cairá naturalmente;
  4. Lave a região afetada com sabonete e água;
  5. Nunca use as mãos para retirar a praga, torça o corpo dele na hora de tirar e nem use produtos para tentar afugentar a praga– álcool, fogo, inseticidas e outros.

Leve a vítima imediatamente a um médico/veterinário, independente do resultado da retirada, pois a vítima pode ter sido infectada e precisa ser examinada.

Para picadas não percebidas, os sintomas surgirão como vômitos, enjoos, febre, manchas vermelhas no local e podem evoluir caso não haja tratamento. Nos pets, os primeiros sintomas são vômitos, prostração e anemia profunda, pois a quantidade de sangue extraída pode ser bem maior.

09 – Como evitar e combater a infestação de carrapatos?

Sendo pragas que precisam atacar animais para se alimentarem, a prevenção deve ser centrada nos cuidados e observação de cães, gatos e outros animais, de acordo com o ambiente.

Vamos falar de alguns deles.

  • Observe o comportamento do animal. Se ele se coça constantemente, é o momento de atacar uma possível infestação;
  • Lave todas as roupas – todas! – do local onde existe a infestação e coloque em uma secadora por uma hora na temperatura mais quente ou deixa expostas ao sol por muitas horas.
  • Aspire a casa semanalmente e incluindo possíveis esconderijos;
  • Limpe quintas e jardins, aparando gramados para eliminar ou deixar a praga exposta e eliminando acúmulo de folhas, galhos e madeiras;
  • Descartando todo objeto que possa servir de esconderijo – caixas, pilhas de jornais, revistas e roupas e sacas de alimentos;
  • Use coleiras contra carrapatos e produtos veterinários específicos;
  • Use um inseticida ou veneno, mas somente se recomendado por veterinário.
  • Caso dê banhos em casa, seja demorado para observar qualquer movimento no pelo e feridas. Se o banho for dado em pet shops, uma empresa séria avisará a respeito;
  • Mantenha canis, casas de cachorros e caixas de areia sempre limpas.

As recomendações acima também são válidas para cuidar de animais no campo – cavalos, rebanhos e outros. E são cuidados simples que vão preservar quem depende da nossa atenção!

Cachorro preto com a língua para fora

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Legenda da imagem > cachorro tentando tirar o carrapato

Use um spray natural contra carrapatos

Você pode criar um spray natural com hamamélis, 250ml de água e 30 gotas de óleos essenciais (cedro e citrino) para usar depois das etapas acima.

Coloque a água e os óleos em uma garrafa de 600ml e complete com hamamélis. Borrife em todos os lugares que podem se tornar ou já serem esconderijos – embaixo e atrás de móveis, muros, paredes, rodapés, batentes, soleiras, estrados, atrás de quadros, lambris e bancadas de janelas.

No quintal, use em todos os pontos, até os mais improváveis e também no canil ou casinha. Essa solução não é prejudicial aos seus animais.

10 – E se nada der certo para combater os carrapatos na nossa casa?

Carrapatos são uma praga de difícil combate e nem sempre as soluções caseiras dão resultado, principalmente se já existir uma infestação – uma população grande e alastrada.

Nesse caso, o recomendado é buscar uma empresa especializada em controle de pragas (link para página Empresas). São profissionais que já têm experiência com várias situações e podem estudar o seu caso e propor a melhor solução.

Lembrando que a empresa cuidará apenas do saneamento dos locais infestados – cabe a você e um veterinário buscar o melhor para seus filhotes de pelo viverem com segurança e saúde!

Como podemos ver nesse artigo, os carrapatos são extremamente perigosos para nossos animais de estimação e rebanhos, causando doenças que podem levar à morte.

Além disso, também corremos sérios riscos com o ataque dessa praga. É preciso ter um controle e uma higiene absolutos dos ambientes e dos hábitos de nossos animais para evitar que esses animais imponham grandes sofrimentos.

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